
Em um cenário onde as dinâmicas econômicas globais mudaram radicalmente nos últimos anos, o mercado de whisky no Brasil enfrenta desafios e oportunidades sem precedentes. Desde 2023, a volatilidade econômica tem sido uma constante, afetando tudo, desde a produção até o consumo do whisky.
O aumento das tarifas de importação, especialmente em países tradicionalmente exportadores como Escócia e Irlanda, combinado com as flutuações do câmbio, pressionou os preços dos rótulos importados no mercado brasileiro. Em contrapartida, essa situação fomentou o crescimento de destilarias locais, que viram uma oportunidade para aumentar sua fatia de mercado ao oferecer produtos de qualidade com preços mais competitivos.
Internamente, o programa de incentivo ao agronegócio, lançado pelo governo brasileiro em 2024, tem dado suporte às destilarias nacionais. Este projeto visa ampliar a produção de whisky com matérias-primas locais, reduzindo a dependência de insumos importados. O impacto deste programa já pode ser observado nos crescentes índices de exportação de whisky brasileiro, que têm atingido novos mercados na América Latina e até mesmo na Ásia.
Em termos de consumo, a preferência dos brasileiros por whiskies premium aumentou, com um crescimento significativo nas vendas registradas na plataforma WhiskyPG. Esse fenômeno pode ser atribuído a uma nova classe média alta, que busca produtos sofisticados e está disposta a investir em experiências de bebida mais exclusivas.
Por fim, o relatório de 2025 da Associação Brasileira de Bebidas indica que o crescimento do mercado de whisky no Brasil pode chegar a 12% ao ano, se as condições econômicas globais permanecerem estáveis. No entanto, especialistas apontam que a diversificação dos mercados e a inovação nos produtos são cruciais para sustentar este crescimento nos próximos anos.